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A ética cristã para ser um bom patrão

A Bíblia contém excelentes indicações éticas para todas as áreas da vida. Neste artigo, abordo a questão de como um empregador cristão deve balizar o seu comportamento, a fim de demonstrar o amor de Cristo. Hoje muito se fala nas empresas em compliance, códigos de conduta e ética; ao mesmo tempo, sem um coração totalmente convertido, um empregador, seguirá este codigo de conduta pelo viés moral social e não de coração.

Paulo deixa claro quando escreve a Filemon, falando do empregado deste, que o apóstolo ganhara para Jesus na prisão. Paulo estava enviando Onésimo de volta a Filemon e lhe fez um uma declaração: “Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre, não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo” (Fm 15,16).

Penso que o maior exemplo de bom relacionamento entre patrão e empregados que podemos encontrar na Bíblia se acha no livro de Rute. Repare neste único versículo: “Eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O Senhor seja convosco! Responderam-lhe eles: O Senhor te abençoe” (Rute 2.4). E, com este relacionamento, a posição de Boaz não se rebaixou nem a dos empregados deixou de ser de submissão ao seu senhor. Ele continuava dando ordens e eles continuavam a obedecer, sabendo que o trabalho de cada um era importante, e a dignidade de cada um foi aumentada pela bênção do Senhor.

Crentes que não cumprem seu dever, que não se importam com horários, que “dão um jeitinho” para não cumprirem fielmente suas tarefas, que falam mal de seus patrões, ou patrões que escravizam seus empregados, não honram a Deus.

E, veja a importância de os empregados serem fiéis nestas palavras de Paulo a Timóteo (2.9,10): “Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhes motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, deem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador”.

Todo mundo sabe como muitas vezes é difícil o relacionamento no ambiente de trabalho entre chefes e empregados. Nem todos compartilham das mesmas ideias, muitos são injustiçados, mas precisam trabalhar juntos para o bem da empresa.

Mas para que o ambiente não se deteriore ainda mais e você não sofra por causa das injustiças, observe o que o texto de 1 Pedro 2: 18-21, o qual retrata como devemos nos comportar nessas situações. As Escrituras orientam sobre o relacionamento entre pessoas que têm autoridade sobre nós, como os patrões, para que sejamos submissos.

O texto diz que devemos nos submeter à autoridade do outro, respeitando-o, e que o servo (empregado) deve realizar com excelência as tarefas sob seus cuidados, mesmo recebendo tratamento injusto. Em sua epístola, Pedro recomenda para sermos tolerantes quanto ao tratamento injusto, pois esse tipo de sofrimento conta com o favor de Deus (v. 20).

Se o empregado não realiza bem suas tarefas ou se quer submeter-se à autoridade, então que valor tem, questiona Pedro, para o empregado suportar tratamento duro? Mas se realiza bem seu trabalho e mesmo assim aguenta com paciência um chefe difícil, este empregado está fazendo uma coisa muito valiosa aos olhos de Deus (vc. 20-21).

O sofrimento injusto é muito precioso para Deus, porque Cristo sofreu desse mesmo modo. Quando os crentes suportam tratamento injusto com paciência e tolerância, eles compartilham o sofrimento de Cristo. Ninguém quer sofrer injustamente, mas, quando os crentes seguem os passos de Jesus e encontram favor perante Deus, eles podem ter um relacionamento mais próximo com o Salvador.

Quando esse princípio é aplicado a relacionamentos administrativos difíceis, Deus muda a nossa maneira de pensar e nossas atitudes também. Assim, muito do estresse e da frustração desse relacionamento pode ser aliviado.

Deus disse que o seu jugo é suave e o seu fardo é leve. Aceitar isso das mãos de Deus e permitir que Ele guie as nossas reações – mesmo se sofremos injustamente – são atitudes mais fáceis do que agir conforme as reações humanas, como a ira, amargura, tristeza e vingança.

O patrão é orientado para ser justo e correto.Deve pagar pelo trabalho realizado por seus empregados, de acordo com o combinado na hora da contratação.

Se não agir assim, o patrão estará em desobediência aos ensinamentos do Senhor.

Na Bíblia consta em Tiago 5:4 – “Vejam, o salário dos trabalhadores que ceifaram os seus campos e que vocês retiveram está clamando contra vocês e o lamento dos ceifeiros chegou até os ouvidos do Senhor dos Exércitos”.

O empregado também recebe orientação sobre a postura que deve adotar.

Ele deve agir com sabedoria e temor de Deus e deve trabalhar de forma que honre o nome do Senhor.

É preciso que respeite o patrão e trabalhe como sendo para Deus.

Deve agir assim independentemente do tipo do patrão que tenha.

Todos os que seguem a Cristo tem a responsabilidade de agir de acordo com os seus ensinamentos.

Nossa vida deve espelhar a glória do Senhor, quer sejamos patrões ou empregados.

Cremos que a responsabilidade dada ao empregador, da mesma forma é muito grande: gerenciar aquilo que lhe foi concedido pelo próprio Senhor que é quem distribui os talentos entre os homens segundo o Seu querer. A um Ele fez oficial em determinada área profissional. A outro fez empresário e é Ele mesmo quem prospera essa e aquela empresa de conformidade com a Sua soberana vontade (I Cr 29:11-12). “Vós, senhores, dai a vossos servos o que é de justiça e eqüidade, sabendo que também vós tendes um Senhor no céu” (Cl 4:1). “E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6:9).

Certa vez o Senhor Jesus ensinou que o que quiser ser o maior deve ser o que mais serve. O empregador cristão deve desenvolver uma liderança bíblica no trato diário com seus comandados. Muitas vezes acontece do empregador concentrar-se em aumentar o seu lucro às custas dos empregados. Estes costumam reunir o seu pessoal e falar a eles a respeito de “vestir a camisa”. Nessa hora são lembradas coisas do tipo: “Somos uma família” e “precisamos produzir mais para o bem da nossa empresa”. No entanto, a sua preocupação é que os empregados produzam mais, aumentando o seu lucro a fim de fazer “aquela viagem” com a família ou comprar “aquela casa” com a qual sonha sua esposa ou aquele modelo novo de carro. Não passa pela sua cabeça nenhum aumento do salário dos seus empregados, afinal, eles já ganham o salário da categoria. Não podem reclamar. Na mente desses empresários, o salário é um favor prestado ao trabalhador. Mas a Palavra de Deus diz que os empregados devem ser tratados com dignidade e justiça, e que digno é o trabalhador do seu salário.

Graças a Deus que estes são minoria. Hoje, Muitos empregadores investem tempo e dinheiro em treinamento e capacitação profissional dos seus funcionários, estimulando-os a crescer, produzir e ganhar mais. Esses são empresários de visão. O empregado tratado com dignidade “veste” naturalmente a camisa da empresa. Existem as exceções, é verdade, mas estamos falando da regra. “Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles pleitearam comigo, então que faria eu quando Deus se levantasse? E quando ele me viesse inquirir, que lhe responderia? Aquele que me formou no ventre não o fez também a meu servo? E não foi um que nos plasmou na madre?” (Jó 31:13-15).

O empregador deve estimar o empregado crente, pois ele poderá ser um aliado na oração pelos outros e pela empresa (Fm 16). Deve prestar atenção às reivindicações dos empregados, mostrando que se preocupa com as pessoas. Toda reclamação legítima deve ser resolvida com carinho. O patrão deve, também, fazer um plano de saúde para seus funcionários. É sua função cuidar da saúde deles (Lc 7:3).

O Senhor não faz acepção de pessoas e todos somos iguais perante Ele, por isso devem os empregadores deixar de ameaçar os empregados (Ef 6:9). Alguns usam até mesmo a Palavra de Deus, aproveitando a falta de conhecimento bíblico do funcionário com o fim de oprimi-lo. “Mas vosso pai me tem enganado, e dez vezes mudou o meu salário; Deus, porém, não lhe permitiu que me fizesse mal” (Gn 31:7).

Não oprimirás o trabalhador pobre e necessitado, seja ele de teus irmãos, ou seja dos estrangeiros que estão na tua terra e dentro das tuas portas” (Dt 24:14). “Ai daquele que edifica a sua casa com iniqüidade, e os seus aposentos com injustiça; que se serve do trabalho do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário;” (Jr 22:13). “E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o trabalhador em seu salário, a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3:5).

Segundo a Palavra de Deus o empregador não pode defraudar (enganar) seus empregados. Alguns sempre dão um “jeitinho” para pagar menos ao trabalhador, seja arranjando algum tipo de desconto, ou até mesmo diminuindo o valor da comissão por qualquer pretexto. Tempos atrás conversava sobre isso com um irmão que é empresário. Fiquei estarrecido quando ele disse que quando o funcionário comissionado estabiliza sua produção num determinado nível, alguns empregadores, então, diminuem o valor da comissão forçando-o a trabalhar mais. Essa atitude é abominável ao Senhor, e Ele exercerá juízo contra todos que enganam o seu próximo para levar vantagem, aproveitando-se da situação porque ele precisa trabalhar, sendo obrigado a se sujeitar a humilhações como esta. “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã” (Lv 19:13). “No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, e isso antes que o sol se ponha; porquanto é pobre e está contando com isso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado” (Dt 24:15). “Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos” (Tg 5:4).

O Senhor supre as necessidades do empregado através do empregador. Ele é um anjo de Deus para abençoar o trabalhador. Está pecando o que retém o salário do seu empregado. O empregador deve pagar um salário justo e em dia, porque o empregado depende dele para comer.

Por fim, o empregador deve, também, orar para que tenha funcionários que levem Deus a sério.

No livro de Mateus 7:12 está escrito: “Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas”.

Todo aquele que se emprega com alguém para trabalhar em troca de um salário, assume responsabilidade para com o seu empregador.

Por isso o empregado deve realizar o seu trabalho com temor e tremor ao Senhor, ou seja, não negligenciar em suas responsabilidades o que é condenável por Deus.

Em 1 Timóteo 6:1 está: - “Aqueles que são empregados devem tratar o empregador com todo o respeito, para que ninguém fale mal do nome de Deus e dos seus ensinamentos”.

O empregado tem que trabalhar, sem fingir ser amigo do patrão quando está diante dele, enquanto fala mal dele quando ele não está presente.

A obediência deve ser prestada ao seu superior como também é a Cristo.

Aqueles que diminuem o seu volume de trabalho quando não estão sob a supervisão de um chefe, mas trabalham bem quando estão sendo vigiados, cometem o erro de buscar um louvor que não fazem por merecer.

Em Provérbios 10: 4 e 5 está escrito: “O preguiçoso fica pobre, mas quem se esforça no trabalho enriquece. Quem tem juízo colhe no tempo certo, mas quem dorme na época da colheita passa vergonha”.

Os que procuram ganhar a simpatia das pessoas que estão em posição de autoridade, estão buscando agradar aos homens, mas não a Deus.

Esse tipo de atitude, não apenas retira do trabalho toda a sua dignidade, como também se acha muito aquém do que Cristo espera de um empregado cristão.

A Bíblia diz em Colossenses – 3: 22 e 23 – “Empregados em tudo obedeçam àqueles que são seus donos aqui na terra. Não obedeçam só quando eles estiverem vendo vocês, procurando com isso conseguir a aprovação deles. Mas obedeçam com sinceridade, por causa do temor que vocês têm no Senhor. O que vocês fizerem façam de todo o coração, como se estivessem servindo o Senhor e não as pessoas”.

Como empregado o importante não é apenas o que ele faz, mas a atitude com que faz.

É isso que significa servir fazendo a vontade de Deus.

O empregado deve ter sempre como objetivo os interesses do seu patrão.

Sua responsabilidade perante o Senhor é oferecer ao patrão sempre o melhor de si, independentemente se o patrão é muito exigente ou não.

O seu serviço deve ser caracterizado por um constante esforço para alcançar o máximo em tudo que fizer, isso será muito bom para o seu empregador, mas, acima de tudo, servirá para revelar o seu verdadeiro relacionamento com Cristo.

É seu dever respeitar o patrão e receber instruções sem reclamar.

Fazendo assim, seremos testemunhas de Deus e prova viva do poder de Jesus Cristo.

Que os funcionários obedeçam aos seus empregadores e os agradem em tudo. Que não sejam respondões, nem roubem os seus patrões. Pelo contrário, que mostrem que são sempre bons e fiéis em tudo o que fazem. Desse modo, por causa das coisas que eles fizerem, todos falarão bem da doutrina a respeito de Deus, o nosso Salvador”.
Tito – 2: 9 e 10

Quanto mais alto a posição de uma pessoa, mais terá que prestar contas a Deus. Existem pessoas que estão começando a crescer agora e já pensam que podem gritar com os outros.

“E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.” Ef 6.9.

Se você for um patrão rude, não irá muito longe. Um patrão não pode humilhar, nem gritar com ninguém. As pessoas esquecem que o mundo dá voltas e amanhã o patrão pode ser empregado de quem ele humilha hoje.

Se você humilhou seu empregado, tenha coragem de pedir perdão. Se você errou, gritou, falou o que não devia, reconheça seu erro e peça perdão.

O ser humano não é uma máquina, entretanto não devemos descarregar nas pessoas os nossos problemas.

Não fique ameaçando os subordinados. Você está no lugar que está, porque alguém trabalhou por você. Houve alguém que o precedeu e fez coisas importantes, que hoje você desfruta.

Não faça um empregado chorar, porque ele depende do emprego. Da mesma forma que você age com seu empregado, alguém agirá com você na rua.

Preocupe-se com seu funcionário. Não fique querendo sugá-lo.

A Palavra de Deus relata a história de um homem influente que tinha um servo enfermo. Ele foi até Jesus para que este o curasse. Quando o Senhor falou que iria até a casa dele para curar o servo dele o homem disse: “Mestre manda apenas uma palavra e seu servo será curado.”

Jesus admirou-se porque aquele homem se preocupava com seu servo.

Os empregados não são como burros de carga que trabalham a vida toda e depois são descartados.

Nelson Mandela ficou preso 29 anos, 27 de forma oculta e dois anos revelado. Tornou-se o presidente da África e todos que se aproximavam dele se comoviam com a sua educação e a forma carinhosa com que tratava as pessoas.

Somos seres humanos, o que corre nas nossas veias não é gasolina não. Hoje você tem um empregado e amanhã você pode não vê-lo mais, ele pode estar morto e vice-versa.

O mundo precisa de doutores, mas precisa de lixeiros também. Precisa de pessoas morando em prédios, mas também precisa de faxineiros e jardineiros. O mundo precisa de políticos, mas também de eletricistas e desentupidores de esgoto.

Todos são iguais perante o Senhor. Jesus nunca foi chamado de patrão, mas de servo sofredor.

Que você como patrão e como empregado seja um mensageiro de Cristo, porque todos nós um dia partiremos. Tanto o rico, quanto o pobre. Tanto o patrão, quanto o empregado.

Patrão valorize quem te serve. Isso fará muito bem a você e seus filhos. Empregado, seja honesto nas mínimas coisas. Não dê motivo para que as pessoas pensem que você é desonesto e preguiçoso. Não abuse da confiança do seu patrão, tenha uma conduta abençoada.

Ainda hoje encontramos vez por outra nos meios de comunicação denúncias de “trabalho escravo” acontecendo no nosso país, não obstante estarmos em pleno século XXI.  O texto bíblico trata de “escravos” e “senhores” – hoje em dia temos os assalariados, os autônomos e os patrões.  A escravidão fez parte da rotina da humanidade durante milênios, sendo que em nosso país ela foi oficialmente abolida em 1889. 

Em Israel, especialmente, a Lei instituía normas acerca das relações entre servos e senhores – uma das maneiras de tornar-se servo era por causa de dívidas. O credor tinha o direito de apropriar-se dos bens do seu devedor e por vezes de vender sua família. Lembre-se de que todo o povo de Israel foi escravo durante cerca de 400 anos no Egito.

Leiamos o que diz o texto de Efésios 6.5-9: "Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo.
Obedeçam-lhes não apenas para agradá-los quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus.
Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará a cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre. Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas."

Neste texto bíblico há cinco princípios que podem ser bem aplicado nas relações trabalhistas:

  1. Trabalhar é necessário e honroso.  O próprio Criador instituiu que Adão ganharia seu sustento com o trabalho (Gn 3:19).  O profeta Isaías descreve o Senhor como alguém que trabalha em favor daqueles que nele esperam! (Is 64:4).  Sobre a necessidade de trabalhar e ganhar o sustento dignamente, temos instruções muito preciosas na segunda Epístola aos Tessalonicenses (IITs 3:6,10-11).
  2. Deus não faz acepção de pessoas– patrões e empregados darão contas igualmente a Ele!: uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas (Ef 6:9b). Assim, Deus requer de todo assalariado o bom testemunho de Sua Palavra e de todo patrão, a mesma conduta compatível com a fé em Jesus.
  3. Reconheça que você trabalha para Jesus!  (v. 5): Este é o mandamento de Paulo, que cada trabalhador crente comporte-se como alguém que presta contas ao próprio Senhor e não simplesmente ao patrão.  Este princípio é reforçado em Cl 3:23, onde o mesmo apóstolo recomenda:Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens.  Houve um escravo, Onésimo, que enquanto não era cristão, fugiu de Filemon, um cristão ligado a Paulo.  Aconteceu que este escravo conheceu ao Evangelho através do apóstolo Paulo e se converteu numa prisão. A carta de Paulo a Filemon teve o propósito de recomendar o escravo de volta ao seu patrão, mas agora como irmão em Cristo (Fm 10). Mais ainda, Paulo requereu o novo discípulo para auxilia-lo em seu ministério.
  4. Seu testemunho soa mais alto que suas palavras! Nossas atitudes falam mais que nossas palavras. Por isso o apóstolo recomendou obediência, respeito, sinceridade, fidelidade e honestidade no trato dos empregados crentes com os patrões (vs. 5 a 8).
  5. As recomendações aos patrões crentes– Tais recomendações estão no verso 9, onde o apóstolo cobra a mesma correção exigida por parte dos servos. Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma, ou seja: com respeito, sinceridade, fidelidade, honestidade...  Em nenhum lugar a Bíblia justifica qualquer tipo de crueldade ou injustiça. Muito pelo contrário.  Dentro da recomendação aos patrões, Paulo advertiu: Não ameacem.  O argumento de Paulo é que diante de Deus todos somos iguais e servos, pois Ele é o Senhor. No texto paralelo, em Cl, Paulo adverte que toda injustiça será punida pelo Senhor, sem exceção (Cl 3:25).

Conclua este estudo com uma oração pela vida profissional de cada um dos discípulos. Leve-os a se comprometerem com o Senhor de darem bom testemunho dEle, especialmente no trabalho. Louve a Deus porque Ele trabalha em nosso favor.  Este é um excelente momento para uma ministração na área financeira e profissional dos discípulos.  Vale orar pelos patrões, pelos profissionais liberais, pelos que ainda não ingressaram no mercado de trabalho, pelos desempregados. 

Em Mt 18:25, na Parábola do Credor Incompassivo, temos um exemplo de como isto poderia funcionar na sociedade judaica do Novo Testamento.  Um israelita somente poderia ser escravo de outro israelita por conta de dívida. Porém, o Senhor instituiu que a cada sete anos haveria um cancelamento das dívidas e a libertação dos escravos (vide Dt 15:1-18).

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