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Ezequias

Ezequias era rei de Judá, 745-717 AC. Pelo que parece, tornou-se rei quando seu pai Acaz morreu, no “terceiro ano de Oséias”, rei de Israel (talvez significando o terceiro ano de Oséias como rei tributário sob Tiglate-Pileser III), contando seu reinado oficialmente a partir de nisã do ano seguinte (745 AC). (2Rs 18:1) Profetas contemporâneos do reinado de Ezequias eram Isaías, Oséias e Miquéias. (Is 1:1; Os 1:1; Mq 1:1) Ezequias se destacou como rei que “se apegava a Javé”, fazendo o que era direito aos olhos de Deus e seguindo Seus mandamentos. Desde o início do seu reinado, ele se mostrou zeloso a favor da promoção da adoração verdadeira, não somente em Judá, mas em todo o território de Israel. Por ele seguir os caminhos de Yehwoah, assim como fizera Davi, seu antepassado, podia-se dizer de Ezequias que “depois dele não se mostrou haver nenhum igual a ele entre todos os reis de Judá, mesmo aqueles que vieram a ser antes dele”. Por causa disso, “Javé mostrou estar com ele”. — 2Rs 18:3-7.

Contribuições Literárias. Ezequias também é conhecido por seu interesse em compilar alguns dos Provérbios de Salomão, conforme reza a introdução da seção agora conhecida como capítulos 25 a 29 de Provérbios: “Estes são provérbios de Salomão transcritos pelos homens de Ezequias, rei de Judá.” (Pv 25:1) Ele escreveu o cântico de agradecimento registrado em Isaías 38:10-20, depois que Javé o curou da sua doença mortífera. Nele menciona “minhas seleções para instrumentos de cordas”. ( V. 20) Alguns acham que Ezequias escreveu o Salmo 119. Se isso for correto, então parece que este salmo foi escrito quando Ezequias era príncipe, não sendo ainda rei.

Situação na Época da Ascensão de Ezequias. Quando Ezequias ascendeu ao trono, o reino de Judá estava no desfavor de Deus, pois Acaz, pai de Ezequias, havia cometido muitos atos detestáveis perante Javé e havia permitido que a adoração de deuses falsos grassasse sem restrições em Judá. Por isso, Deus permitira que aquela terra sofresse às mãos dos seus inimigos, especialmente da segunda potência mundial, a Assíria. Acaz havia despojado o templo e o palácio, para dar um suborno ao rei da Assíria. Pior ainda, havia retalhado os utensílios do templo, fechado as portas dele e feito altares para si mesmo “em cada esquina de Jerusalém”, oferecendo sacrifícios a outros deuses. Acaz, por aliança, havia colocado seu reino sob a proteção do rei da Assíria durante o seu reinado. (2Rs 16:7-9; 2Cr 28:24, 25) Mas Ezequias, logo cedo no seu reinado, “passou a rebelar-se contra o rei da Assíria”. — 2Rs 18:7.

Por ocasião da ascensão de Ezequias ao trono de Judá, o reino setentrional de Israel, das dez tribos, estava em condições ainda piores. Por causa dos graves pecados de Israel, Deus permitira que sofresse duros apertos, tornando-se tributário da Assíria, e não demoraria muito até que a Assíria tragasse Israel e levasse seu povo ao exílio. — 2Rs 17:5-23.

Seu Zelo Pela Adoração Verdadeira. Ezequias demonstrou seu zelo pela adoração de Jeová assim que ascendeu ao trono, à idade de 25 anos. Seu primeiro ato foi reabrir e consertar o templo. Daí, convocando os sacerdotes e os levitas, disse-lhes: “Está agora achegado ao meu coração concluir um pacto com Javé, o Deus de Israel.” Era um pacto de fidelidade, como se o pacto da Lei, embora ainda vigente, mas negligenciado, fosse inaugurado de novo em Judá. Com grande vigor, passou a organizar os levitas nos seus serviços, e restabeleceu os arranjos para instrumentos musicais e para o canto de louvores. Era nisã, o mês de se celebrar a Páscoa, mas o templo, bem como os sacerdotes e os levitas, estavam impuros. Até o dia 16 de nisã já se limpara o templo e se restauraram os seus utensílios. Teve de se fazer então uma expiação especial por todo o Israel. Primeiro, os príncipes trouxeram sacrifícios, ofertas pelo pecado para o reino, o santuário e o povo, seguidos por milhares de ofertas queimadas apresentadas pelo povo. — 2Cr 29:1-36.

Visto que a impureza do povo impedia sua celebração da Páscoa na época normal, Ezequias valeu-se da lei que permitia os impuros celebrarem a Páscoa um mês mais tarde. Convocou não somente Judá, mas também Israel, por meio de cartas enviadas por correios ao país inteiro, desde Berseba até Dã. Os correios se confrontaram com motejos por parte de muitos; mas alguns, especialmente de Aser, Manassés e Zebulão, humilharam-se a ponto de comparecer, bem como alguns de Efraim e de Issacar. Além disso, estavam presentes muitos adoradores não-israelitas de Javé. Provavelmente, era difícil para alguns, do reino setentrional, que estavam a favor da adoração verdadeira, estar presentes. Eles, iguais aos mensageiros, enfrentariam oposição e zombaria, visto que o reino das dez tribos estava num estado decadente, mergulhado na adoração falsa e fustigado pela ameaça assíria. — 2Cr 30:1-20; Núm 9:10-13.

Após a Páscoa, celebrou-se a Festividade dos Pães Não Fermentados por sete dias, com uma alegria acompanhante tão grande, que a congregação inteira decidiu prolongá-la por mais sete dias. Mesmo em tempos tão perigosos, prevaleceu a bênção de Javé, de modo que “veio a haver grande alegria em Jerusalém, pois desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, não houve nada igual a isso em Jerusalém”. — 2Cr 30:21-27.

Que se tratava duma genuína restauração e reavivamento da adoração verdadeira e não apenas uma reunião emocional passageira se vê no que se seguiu. Antes de retornarem para casa, os celebrantes saíram e destroçaram as colunas sagradas, demoliram os altos e os altares, e cortaram os postes sagrados em todo o Judá e Benjamim, e até mesmo em Efraim e Manassés. (2Cr 31:1) Ezequias deu o exemplo por esmiuçar a serpente de cobre que Moisés tinha feito, porque o povo fizera dela um ídolo, fazendo fumaça sacrificial a ela. (2Rs 18:4) Depois da grande festividade, Ezequias assegurou a continuação da adoração verdadeira por organizar as turmas sacerdotais e providenciar o sustento dos serviços no templo; exortou à obediência à Lei com respeito aos dízimos e as contribuições das primícias aos levitas e aos sacerdotes, o que o povo apoiou de todo o coração. — 2Cr 31:2-12.

Aumenta a Pressão Assíria. Durante aqueles tempos estrênuos, quando a Assíria arrasava tudo em seu caminho, Ezequias confiava em Jeová, o Deus de Israel. Rebelou-se contra o rei da Assíria e golpeou as cidades filistéias, que evidentemente se haviam aliado à Assíria. — 2Rs 18:7, 8.

Foi no quarto ano de Ezequias (742 AC), que Salmaneser, rei da Assíria, iniciou o sítio de Samaria. Samaria foi tomada no sexto ano de Ezequias (740 AC). O povo do reino das dez tribos foi deportado, e os assírios trouxeram outros para ocupar o país. (2Rs 18:9-12) Isto deixou o reino de Judá, representando o governo teocrático e a adoração verdadeira de Deus, como uma pequena ilha cercada por inimigos hostis.

Senaqueribe, filho de Sargão II, teve a ambição de acrescentar aos seus troféus de guerra a conquista de Jerusalém, especialmente visto que Ezequias se havia retirado da aliança feita com a Assíria pelo seu pai, o Rei Acaz. No 14.° ano do reinado de Ezequias (732 AC), Senaqueribe veio “contra todas as cidades fortificadas de Judá e passou a tomá-las”. Ezequias ofereceu pagamento a Senaqueribe, a fim de salvar a ameaçada cidade de Jerusalém, exigindo então Senaqueribe a enorme soma de 300 talentos de prata (c. US$1.982.000) e 30 talentos de ouro (c. US$11.560.000). Para pagar esta soma, Ezequias se viu obrigado a dar toda a prata encontrada no templo e no tesouro real, além dos metais preciosos com que o próprio Ezequias fizera revestir as portas e as ombreiras do templo. Isto satisfez o rei da Assíria, mas apenas temporariamente. — 2Rs 18:13-16.

Obras de Construção e de Engenharia. Em face do iminente ataque do cobiçoso Senaqueribe, Ezequias demonstrou sabedoria e estratégia militar. Tapou todas as fontes e mananciais de água fora da cidade de Jerusalém, a fim de que, no caso dum sítio, os assírios sofressem de escassez de água. Reforçou as fortificações da cidade e “fez armas de arremesso em abundância, bem como escudos”. Mas, não depositava confiança neste equipamento militar, porque, ao reunir os chefes militares e o povo, incentivou-os, dizendo: “Sede corajosos e fortes. Não tenhais medo nem fiqueis aterrorizados por causa do rei da Assíria e por causa de toda a massa de gente com ele; pois conosco há mais do que os que estão com ele. Com ele há um braço de carne, mas conosco está Javé, nosso Deus, para nos ajudar e para travar as nossas batalhas.” — 2Cr 32:1-8.

Uma das mais notáveis façanhas de engenharia dos tempos antigos foi o aqueduto de Ezequias. Ia desde a fonte de Giom, ao L da parte setentrional da Cidade de Davi, num trajeto bastante irregular, por uns 533 m, até o reservatório de água de Siloé, no vale do Tiropeom, abaixo da Cidade de Davi, mas dentro duma nova muralha acrescentada à parte meridional da cidade. (2Rs 20:20; 2Cr 32:30) Os arqueólogos encontraram uma inscrição em antigos caracteres hebraicos na parede do túnel estreito que tinha a altura média de 1,8 m. A inscrição reza, em parte: “E esta foi a maneira em que foi perfurado: — Enquanto [. . .] ainda (havia) [. . .] machado(s), cada homem em direção ao seu companheiro, e quando ainda faltavam três côvados para serem perfurados, [ouviu-se] a voz dum homem chamando seu companheiro, pois havia uma sobreposição na rocha à direita [e à esquerda]. E quando o túnel foi aberto, os cavouqueiros cortaram (a rocha), cada homem em direção ao seu companheiro, machado contra machado; e a água fluiu da fonte em direção ao reservatório por 1.200 côvados, e a altura da rocha acima da(s) cabeça(s) dos cavouqueiros era de 100 côvados.” (Ancient Near Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo], editado por J. B. Pritchard, 1974, p. 321) De modo que o túnel foi cortado na rocha de ambas as extermidades, encontrando-se no meio — uma verdadeira façanha de engenharia.

Fracasso de Senaqueribe em Jerusalém. Conforme as expectativas de Ezequias, Senaqueribe decidiu atacar Jerusalém. Enquanto Senaqueribe, com seu exército, sitiava a bem fortificada cidade de Laquis, ele enviou uma parte do seu exército, junto com uma representação de chefes militares, para exigir a capitulação de Jerusalém. O porta-voz do grupo era Rabsaqué (que não era seu nome, mas seu título militar), que falava fluentemente o hebraico. Em voz alta, ele zombava de Ezequias e escarnecia de Javé, gabando-se de que Javé não podia livrar Jerusalém do rei da Assíria, assim como tampouco os deuses das outras nações puderam salvar as terras dos seus adoradores. — 2Rs 18:13-35; 2Cr 32:9-15; Is 36:2-20.

Ezequias ficou muito aflito, mas continuou a confiar em Jeová e a apelar para Ele no templo, enviando também alguns dos cabeças do povo ao profeta Isaías. A resposta de Isaías, da parte de Deus, foi que Senaqueribe ouviria uma notícia e voltaria à sua própria terra, onde por fim seria morto. (2Rs 19:1-7; Is 37:1-7) No ínterim, Senaqueribe havia partido de Laquis para Libna, onde soube que Tiraca, rei da Etiópia, saíra para lutar contra ele. Não obstante, Senaqueribe enviou por mensageiros cartas a Ezequias, continuando com suas ameaças e escarnecendo de Javé, o Deus de Israel. Ao receber as cartas muito vituperadoras, Ezequias as estendeu perante Javé, o qual novamente lhe respondeu por meio de Isaías, escarnecendo por sua vez de Senaqueribe e assegurando que os assírios não entrariam em Jerusalém. O Senhor disse: “Eu certamente defenderei esta cidade para a salvar por minha própria causa e por causa de Davi, meu servo.” — 2Rs 19:8-34; Is 37:8-35.

Durante a noite, Javé enviou seu anjo, o qual destruiu 185.000 da elite das tropas de Senaqueribe, “todo homem poderoso, valente, e todo líder e chefe no acampamento do rei da Assíria, de modo que ele retornou com face envergonhada à sua própria terra”. Assim se eliminou eficazmente a ameaça de Senaqueribe contra Jerusalém. Mais tarde, “sucedeu que, curvando-se ele na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus próprios filhos, golpearam-no com a espada”. — 2Cr 32:21; Is 37:36-38.

Descobriram-se inscrições descrevendo a derrota infligida por Senaqueribe às forças etíopes. Rezam: “Quanto a Ezequias, o judeu, ele não se submeteu ao meu jugo, eu sitiei 46 de suas cidades fortes . . . e conquistei[-as] . . . A ele mesmo fiz prisioneiro em Jerusalém, sua residência real, como a um pássaro numa gaiola.” (Ancient Near Eastern Texts, p. 288) Ele não afirma ter capturado Jerusalém. Isto apóia o relato bíblico da revolta de Ezequias contra a Assíria e o fracasso de Senaqueribe quanto a tomar Jerusalém. Segundo o costume das inscrições de reis pagãos, de se enaltecerem, Senaqueribe, nesta inscrição, exagera o montante de prata pago por Ezequias como tendo sido 800 talentos, em contraste com os 300 da Bíblia. 

Prolongamento Milagroso da Vida de Ezequias. Por volta do tempo em que Senaqueribe fez as suas ameaças contra Jerusalém, Ezequias padeceu dum furúnculo maligno. Foi instruído pelo profeta Isaías a ordenar seus assuntos em preparação para o seu falecimento. Na época, Ezequias ainda não tinha filho varão, e, portanto, parecia que a linhagem real de Davi estava em perigo de ser interrompida. Ezequias orou a Javé fervorosamente, com lágrimas, em vista do que Javé mandou Isaías de volta para informar Ezequias que se lhe acrescentariam 15 anos de vida. Deu-se um sinal milagroso, fazendo-se com que a sombra causada pelo sol retrocedesse dez degraus na “escada de Acaz”. No terceiro ano depois disso, Ezequias tornou-se pai dum filho chamado Manassés, o qual mais tarde lhe sucedeu no trono. — 2Rs 20:1-11, 21; 21:1; Is 38:1-8, 21.

Erro e Arrependimento de Ezequias. O registro bíblico declara que “Ezequias nada retribuiu de acordo com o benefício que se lhe concedeu, porque o seu coração se ensoberbeceu e veio a haver indignação contra ele e contra Judá e Jerusalém”. (2Cr 32:25) A Bíblia não diz se a sua soberba estava, ou não, relacionada com o seu ato imprudente de mostrar todo o tesouro da sua casa e todo o seu domínio aos mensageiros do rei babilônio Berodaque-Baladã (Merodaque-Baladã), enviados a Ezequias depois de ele se ter restabelecido da sua doença. Ezequias talvez mostrasse toda esta riqueza para impressionar o rei de Babilônia como possível aliado contra o rei da Assíria. Naturalmente, isto podia estimular a cobiça dos babilônios. O profeta Isaías era contra qualquer aliança com a secular inimiga de Deus, Babilônia, ou de alguma forma de dependência dela. Quando Isaías soube como Ezequias havia tratado os mensageiros babilônios, ele proferiu a profecia inspirada por Javé, de que os babilônios, com o tempo, levariam tudo para Babilônia, inclusive alguns dos descendentes de Ezequias. No entanto, Ezequias humilhou-se e Deus permitiu bondosamente que a calamidade não ocorresse nos seus dias. — 2Rs 20:12-19; 2Cr 32:26, 31; Is 39:1-8.

Nos dias do profeta Jeremias, alguns dos cabeças do povo, em Jerusalém, falaram favoravelmente sobre Ezequias, por ele ter dado atenção a Miquéias, de Moresete, profeta de Javé. — Jr 26:17-19

O que aprendemos com a vida de Ezequias.

Valeu a pena ter vivido mais 15 anos realmente? Certamente Ezequias diria que sim. Deus mostrou que tudo pode a seu servo. Mas... o preço disso? Parece duro e injusto quando morre o bom, quando o ruim fica e o justo falece, mas o que aconteceria se tudo fosse feito conforme a dor de nossos corações?  Creio que exista propósito em tudo nos mundos. Ezequias é um relato do quanto podemos errar contornando o destino que Deus nos reserva. 

Nessas horas nunca é fácil orar "seja feita Tua vontade", mas é sempre bom lembrar que esta Vontade é eternamente perfeita.  Ezequias recebeu de Deus duas grandes bênçãos(Livramento do Rei da Assíria e mais 15 anos de vida).  Porém ele cometeu dois grandes erros que marcaram sua história.

  •  Recebeu presentes dos mensageiros do Rei da Babilônia em seu Palácio, abrindo assim as portas para o inimigo, pois esse mensageiros eram espias, que mais tarde iria provocar a invasão Babilônica.
  •  Não tomou providências quando o profeta Isaías o avisou que, depois de sua morte, o rei da Babilônia iria invadir aquela nação. Ou seja, o erro de Ezequias foi ser vagaroso e displicente para as coisas de Deus. Ao invés dele se colocar em oração e começar à preparar a nação e também seu substituto ao trono para que buscasse ao Senhor, ele não demonstra preocupação.

E o resultado o se encontra no capítulo 21: Tinha Manassés doze anos quando começou a reinar(Manassés era o filho de Ezequias que nasceu após o Senhor acrescentar-lhe 15 anos de vida).Esse seu filho parece não ter sido educado nas leis de Deus, e lemos à seu respeito nos versículos de 2 à 9 que ele fez o que era mal ao olhos do Senhor e ainda levou toda a nação à pecar.Deixar de falar a verdade, corrigir, orientar, é fazer o mesmo que Ezequias.

O  que podemos aprender com a vida de Ezequias?

Será que temos aprendido com os erros dos outros? Também não temos vários exemplos do que acontecem com as pessoas que se desviam do caminho do Senhor. Muitas vezes outras pessoas nos dão conselho sobre situações que passaram e se deram mal, o que fazemos com estes conselhos? Nós aprendemos com eles, ou achamos que isto só acontece com os outros.

Ezequias podia pensar simplesmente que seu pai foi infeliz, mas se ele fizesse as mesmas coisas, com ele seria diferente, porque ele era mais esperto. Já viram gente com o pé no mundo, achando que é esperto o suficiente para não cair inteiro dentro dele, gente que não aprende com os erros dos outros. No SENHOR Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. Porque se chegou ao SENHOR, não se apartou dele, e guardou os mandamentos que o SENHOR tinha dado a Moisés. Assim foi o SENHOR com ele; para onde quer que saía se conduzia com prudência; e se rebelou contra o rei da Assíria, e não o serviu (2 Re 18:5-7).

Depois de corrigir os erros de seu pai ele confiou em Deus de maneira que depois dele não houve semelhante entre os reis de Judá e se rebelou contra o rei da Assíria Senaqueribe não querendo pagar os impostos (Judá pagava impostos para Assíria desde o tempo do Rei Acaz que havia pago alto valor para que recebesse proteção, mas teve de continuar pagando para que não fosse invadida pela própria Assíria). Sabe o que podemos aprender com isto?

Quem confia em Deus não fica sob o domínio do Inimigo

Ezequias havia feito tantas coisas boas não é, não havia necessidade de mexer com fogo, se serviram até então a Assíria, não ia ser o fim do mundo continuar servindo. Era uma posição cômoda não ter que desafiar um dos maiores exércitos daquele tempo.

Às vezes nós aceitamos esta posição cômoda de servir a Deus e o mundo. Porque às vezes consideramos o mundo muito forte para resistir (não tem jeito, é impossível) e esquecemos o que a palavra de Deus diz: maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.

Ezequias confiava em Deus, só aceitava servir a ele, mesmo que isto trouxesse preocupações, mesmo que isto o levasse a morte, ele daria a vida e você? Serve apenas a Deus mesmo que isto te cause preocupações, mesmo que você tenha que pagar um alto valor em uma multa em vez de dar um jeitinho com o guarda, será que você aceita a tirar uma nota ruim em uma prova em vez de arrumar uma colinha.

Após Ezequias deixar de servir a Assíria, começaram os problemas dele, porque quando você serve o inimigo ele não se preocupa com você, mas quando você toma uma atitude de se libertar, quando você começa a pensar que pode ser livre, ai ele começa a investir, Senaqueribe não ia deixar aquela afronta passar em branco, (quem que este povo ta pensando que é? Se começar assim, daqui a pouco vão ter outros povos pensando que podem ser livres).

Senaqueribe mandou mensageiros para quebrar os corações dos moradores, Rabsaqué começou a contar vantagem em judaico (para que todos entendessem) sobre o que haviam feito as outras nações

Quais são eles, dentre todos os deuses das terras, que livraram a sua terra da minha mão, para que o SENHOR livrasse a Jerusalém da minha mão? 2 Reis 18:35. 

Da mesma forma diabo também tenta te desanimar quando você não aceita servi-lo (quem que esse ai pensa que é? Sempre foi crente "Raimundo". E sabe o que aconteceu com Ezequias? E disseram-lhe: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia, de vituperação e de blasfêmia; porque os filhos chegaram ao parto, e não há força para dá-los à luz. 2 Reis 19:3. Ficou desanimado, ficou angustiado? Sabe o que podemos aprender com isto?

Que mesmo um homem de Deus pode ficar desanimado

Tem gente que acha que vida crista é só alegria. Ezequias chegou ao ponto de pedir desculpas ao Rei da Assíria, ele havia feito tudo certo e a coisa tava feia pro lado dele, talvez ele estava começando a duvidar que Deus iria ajudá-lo, o coração dele devia estar cheio de dúvidas.

Da mesma forma em nossas vidas, às vezes, vamos fazer as coisas certas e de repente parece que as coisas não estão dando certo, estamos confiando em Deus, mas não conseguimos entender o que esta acontecendo e nem ver a mão de DEUS naquela situação.

Ezequias da mesma forma que a gente, não havia visto o mar se abrir e nem a água do Jordão ter sido cortada, ele viveu em um tempo que as pessoas estavam servindo a outros deuses, não era fácil para ele continuar firme, ele não tinha mais motivos do que eu e você para continuar tendo fé.

Quando Ezequias começou a ter força para resistir, fechando as brechas do muro, tampando as fontes e se preparando para a guerra.

Como se não fosse o suficiente, o Rei Senaqueribe envia uma carta dizendo: (Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria. Sabe o que Ezequias fez diante disto

E orou Ezequias perante o SENHOR e disse: Ó SENHOR Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra. Inclina, SENHOR, o teu ouvido, e ouve; abre, SENHOR, os teus olhos, e olha; e ouve as palavras de Senaqueribe, que enviou a este, para afrontar o Deus vivo. Verdade é, ó SENHOR, que os reis da Assíria assolaram as nações e as suas terras. E lançaram os seus deuses no fogo; porquanto não eram deuses, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram. Agora, pois, ó SENHOR nosso Deus, te suplico, livra-nos da sua mão; e assim saberão todos os reinos da terra que só tu és o SENHOR Deus. 2 Reis 19:15-19 - Sabe o que podemos aprender com isto?

 A coisa ta feia? Você não sabe mais o que fazer? Clame e espere em Deus.

Ezequias não havia ficado parado, ele estava se preparando para guerra, ele fez o que estava ao seu alcance, porém a Assíria era mais forte do que ele, e a cada dia aumentava a angustia de saber que as pessoas que ele amava poderiam ser mortas de maneira brutal. Você está triste? o coração esta doendo? Parece que o seu problema não tem mais jeito? Você não pode fazer mais nada para resolver ele? Clame e espere em Deus. (Falar é fácil, se você estivesse no meu lugar, eu queria ver!)

Realmente não é fácil, não foi fácil para Ezequias. Se fosse fácil esperar em Deus, não teríamos tantos Cristãos quebrando a cara, agindo quando é ora de esperar. A questão é que cada um tem as suas lutas, e ninguém simplesmente vai trocar de lugar com o outro. É fácil? Não. Mas você quer ter vitória? Clame e espere em Deus. E agora para finalizar, sabe o que aconteceu com Ezequias? ele ficou feito um coitado até a ultima hora esperando e foi derrotado?

Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus próprios filhos, o mataram ali à espada. Assim livrou o SENHOR a Ezequias, e aos moradores de Jerusalém, da mão de Senaqueribe, rei da Assíria, e da mão de todos; e de todos os lados os guiou. E muitos traziam a Jerusalém presentes ao SENHOR, e coisas preciosíssimas a Ezequias, rei de Judá, de modo que depois disto foi exaltado perante os olhos de todas as nações. Cronicas 32:21-23. Ezequias não teve nem o trabalho de levantar a espada e nem um de seus homens tiveram que arriscar as suas vidas, mas o próprio Deus enviou um anjo, foram derrotados 185 mil homens. Sabe o que podemos aprender com isto?

Quem confia em Deus, não perde a batalha.

Sabe Por que? Por que Deus peleja pelos seus. Enquanto o “grande Senaqueribe” saiu com o rosto coberto de vergonha e acabou sendo morto pelos próprios filhos, Ezequias foi enaltecido a vista de todas as nações. E é por isso que vale a pena aprender com os erros dos outros, é por isso que vale a pena se libertar do domínio do inimigo, é por isso que vale a pena suportar a angustia por fazer a coisa certa, é por isso que vale a pena esperar em Deus.

Porque mesmo Deus sendo tão poderoso, ele é um Deus que nos ama e trabalha por aqueles que nele esperam. Deixemos que Deus nos use.. Aproveitemos cada oportunidade para plantar a semente da Palavra, pois isto poderá fazer a diferença amanhã na vida daqueles que a recebem. Ao contrário de Ezequias, devemos utilizar bem os dias que Deus tem nos dado.“ Ensina-nos a contar os nossos dias, de modo que alcancemos coração sábio”. Sl 90.12. 

 

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