Deus, o Pai que nos chama de filhos- Texto base: João 1.9-13 – IBI Curitiba, 14/08/2016
Amados, nesta manhã abençoada, demonstramos através dos slides as consequências da ausência paterna na vida de uma criança, onde compreendemos que a falta do exercício da paternidade causará muitos danos aos filhos e por consequência, à toda sociedade. Se este quadro, retirado da realidade dos Estados Unidos da América, é drástico, imagine o cenário desta mesma realidade no Brasil.
Uma frase me chamou a atenção sobre este assunto. No último slide, coloquei a seguinte frase para nossa meditação: “Não é o sangue que faz um pai, mas a sua capacidade de AMAR a quem ele chama de filho”. Não sei quem escreveu esta frase, mas ela se aplica generosamente à mensagem da Palavra nesta manhã, culto de ceia. Abra o seu coração e sua bíblia no Evangelho de João 1.9-13 e deixe a palavra falar contigo, poderosamente.
9 Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens. 10 Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. 11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. 12 Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, 13 os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.
Precisamos resgatar o papel de pai, tão "fora de moda" na nossa sociedade. Temos visto, com algumas exceções, uma grande quantidade de homens que tem tido o privilégio de gerar filhos, mas que não estão agindo coerente ao papel esperado por um pai.
Nossa sociedade sofre de um grande mal: a falta de paternidade e/ou paternidade disfuncional e isso têm gerado diversos conflitos nas pessoas. Ao nos voltarmos para a Palavra de Deus, podemos resgatar a essência deste importante papel: ser pai. Na bíblia podemos encontrar os fundamentos necessários para o exercício de uma paternidade segura e efetiva: perdoar, reconciliar, respeitar, incluir e amar.
Como é o coração de DEUS Pai.
O mundo tenta nos corromper, injetando em nós uma alienação à rejeição, para deixarmos de acreditar nas promessas de que somos filhos, mas a Palavra de Deus nos dá a garantia de que somos filhos amados (João 1.12). E como filhos eleitos (escolhidos), podemos ter uma vida transformada, livres de toda condenação e jugo, tendo assim postura de filhos de Deus.
Não somos abandonados, mas escolhidos pelo Criador, para conhecer tudo o que Ele tem de melhor para nós, e desfrutar a cada dia desse amor, que é real, verdadeiro, que não vem do coração do homem, mas vem do coração paterno de Deus.
É imprescindível recuperar o conceito de um Deus Pai tendo como exemplos a vida e o ministério de Cristo. Os textos do evangelho revelam claramente um relacionamento filial entre Jesus e o Pai:
(Mt 11.27 - "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho o quiser revelar;
Mc 14.36 - E dizia: "Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres". A expressão ABA-PAI, representa aqui confiança, a submissão e o crédito de um filho em seu pai, sendo marcado pelo amor maduro da relação filial e das responsabilidades que ela carrega.
Jo 3.35 - “O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos;”
Jo 5.19 – “Jesus lhes deu esta resposta: "Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz.”
João 6.39,40 – “E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.
A nossa certeza está em Romanos 8.15 “Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai". ;
Gl 4.6 - E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: "Aba, Pai"
Nestes textos, vemos as reais características de um Pai: criador, sustentador, educador, perdoador, acolhedor, cuidador e cheio de afeição e de afetividade. Há, aqui, três importantes lições bíblicas:
1 - Primeiro, relacionamento.
2 - Segundo, cuidado.
3 - Terceiro, dignidade. Leiamos juntos o maravilhoso texto de Lucas 15.20 a 24:
“A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. 21 "O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. 22 "Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. 23 Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. 24 Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.”
Conclusão: É necessária uma volta à Palavra de Deus, buscando valorizar o papel da paternidade e levar isso para dentro do ambiente do lar. Ao compreendermos o papel de Deus pai e sua relação conosco, nos ajuda a experimentar da sua provisão e cuidado e, ao mesmo tempo, nos capacita a desfrutar da dignidade de sermos seus filhos. Isso é a graça (tudo para quem nada merece), de Deus em prática da nossa vida, nos capacitando a amar, perdoar, reconciliar, dialogar, respeitar. É importante lembrar que amor é ação e não meramente um pensamento. Para que a paternidade na terra (entre pai e filho) possa ser efetiva, é essencial desfrutar da paternidade celestial (João 1.12). Feliz dia dos Pais!
Ministração da Ceia do Senhor:
Mateus 26.26-29 - “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: "Tomem e comam; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai".
A ceia com o pão e o vinho foi ordenada por Jesus aos discípulos, na véspera da Sua morte e ressurreição. Ao instituí-la, Jesus fez uma promessa de implicações eternas : “ Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de Meu Pai ” (Mateus 26.29 ).
Quando comemoramos a Ceia do Senhor, proclamamos o passado e anunciamos o futuro. Ao falar do passado, contamos a história do sacrifício voluntário do Filho de Deus, que cumpriu o plano eterno do Senhor, que designou como Seus Filhos adotivos todos os que crêem que Jesus é o Filho de Deus.
Na ceia, porém, Jesus nos prometeu um banquete eterno, celestial. Vai chegar um dia, disse Jesus, em que todos os filhos adotados pelo amor do Senhor estarão na “nova terra”, à mesa com o Pai, celebrando o triunfo do Filho.
Nos nossos dias de desânimo e de tristeza, tomar o cálice da ceia é uma injeção de ânimo, garantindo que um dia o Sol da justiça nos irá libertar das tribulações do mundo.
A celebração da Ceia, nas nossas limitações desta terra decaída, antevê relances do nosso destino eterno, dádiva do amor de Deus em Cristo Jesus.
Em cada Ceia repetimos: até aquele encontro glorioso, no Reino do Pai!