A palavra de Deus é muito linda, é poder e vida e convêm nos aprofundarmos em seu estudo a fim de frutificarmos em fé e amor. Somos pequenos demais, tão falhos, frágeis... O que sabemos sobre o amanhã, sobre o fim de nossos dias? Não sabemos, não temos tal capacidade de conhecer sequer o presente, quanto mais o futuro. Mas Deus nos promete o céu, abre seus tesouros para nos revelar que é possível vencer a morte e a vida. Olhar para as revelações de Deus no livro do Apocalipse é confortante, animador, porque o final está escrito e não poderá jamais ser mudado. E esse final nos diz que mesmo quando tudo parecer ter acabado, ainda não será o fim. Deus reservou um descanso para o seu povo, também reservou provisão diária para seus filhos.
Na época em que foi escrito o Apocalipse, a pedra branca tinha pelo menos duas funções:
I- Pedras brancas eram lançadas em uma urna, nos tribunais, para absorver o julgado. Pedras negras significavam condenação.
II- Para os grandes festivais, convidados recebiam uma pedra branca com inscrição distinta e especial. Cada convidado tinha sua. Representa a justificação em Cristo Jesus e o acesso a festa das Bodas do Cordeiro. Pedra que não podia ser trocada ou cedida. Em ambos os casos, a Pedra Branca é exclusiva de quem a recebe.
A Igreja de Pérgamo tinha em sua membresia, cristãos que viviam na impureza e na avareza, que eram características destacadas em Balaão, e também um grupo de licenciosos em relação à graça, porque conforme a tradição, a doutrina dos nicolaítas consistia num cristianismo de concessões à carne, ao mundo e ao pecado, sob o argumento de que a graça de Cristo já cobriu de uma vez por todas qualquer imputação do juízo de Deus aos cristãos; de forma que eles podem viver na carne, no pecado e amando o mundo, desde que confessem que são de Cristo.
Todavia, a liderança de Pérgamo (anjo da Igreja - pastor) permanecia retendo o nome de Cristo e não havia negado sua fé, mesmo quando um cristão fiel daquela Igreja havia sido perseguido até à morte, porque aquela Igreja funcionava numa área difícil para o evangelho, porque havia nela um principado satânico instalado, ao qual Jesus chama de trono de Satanás. O pastor permanecia fiel com alguns cristãos daquela Igreja, mas não confrontava os cristãos que andavam de braços dados com as falsas doutrinas e com a luxúria da carne.
Por isso Jesus se apresentou ao mesmo como sendo “aquele que tem a espada aguda de dois gumes”, a saber, a Palavra de Deus. Porque é dever dos ministros fazer valer a Palavra de disciplina de Cristo na Igreja. Como estava havendo concessão da parte da liderança,quanto ao pecado, apesar da própria liderança permanecer fiel a Cristo, no entanto, Ele advertiu a tal liderança e exortou a Igreja ao arrependimento, de maneira que, caso não se arrependesse, o Senhor disse que viria em breve contra os cristãos rebeldes e pelejaria contra eles com a espada da Sua boca. Isto significa que eles seriam confrontados com a Palavra da verdade, não para bênção, mas para correção e juízo. Em vez de louvor, eles seriam repreendidos pela Palavra, e julgados em suas más obras, mediante o padrão da Palavra.
Àqueles que vencessem o pecado, pelo atendimento à convocação ao arrependimento, Cristo fez a promessa que receberiam do maná escondido, e uma pedra branca com um novo nome escrito, que ninguém conhece senão somente aquele que o recebesse. Ora, quando se deixa a Palavra e a vida de santidade, o cristão morre espiritualmente, porque não pode ser alimentado senão com a Palavra. Cristo tem prometido saciar a todos os que tiverem fome e sede da justiça do reino de Deus, que está revelada na Sua Palavra.
A Palavra será então, o alimento que os fortificará. O maná escondido, que é o próprio Cristo, o pão que desceu do céu, e pelo qual temos vida espiritual eterna.
Os que estão se alimentando assim de Cristo são distinguidos por Ele com um novo nome, escrito numa rocha, para que não seja apagado. A pedra é branca, indicando que receberam tal nome distintivo por causa de terem se purificado do pecado. Eles terão conhecimento disto em espírito; desta distinção honrosa que Cristo faz deles, ainda que outros não o saibam ou o reconheçam.