2- Da importância do Tema:
Estilo de Vida Cristão. Este título não foi usado por acaso, mas intencionalmente. Ser um cristão, não significa ser uma pessoa acima, melhor ou mais favorita. Há alguns anos, ser cristão, implicava muitas mudanças na vida de uma pessoa, (aparentes na sua grande maioria), mas que de longe, percebia-se quem era de fato um cristão. Fique tranquilo, não somos saudosistas.
Inegavelmente os cristãos (de todas matizes) são a maioria do povo brasileiro. Inegável, também, o crescimento e penetração do segmento evangélico nas mais diversas camadas sociais da sociedade brasileira. No entanto, penso que falhamos no processo de aculturamento, pois a Igreja está mais parecida com o mundo do que o mundo parecido com a Igreja. Essa é a razão pela escolha deste título. Não defendemos em hipótese alguma que os cristãos sejam ou vivam em guetos, redutos, ao contrário, cremos que o sal deve salgar e a luz brilhar nas trevas.
Na busca de sucesso, medido por números e tamanho das igrejas, perdemos o sentido de ser cristão, em detrimento da verdadeira busca, que é o crescimento da nossa maturidade em Cristo. Acrescento, que esta inquietação não é apenas brasileira. As maiores Igrejas americanas, estão “virando de cabeça para baixo” os seus paradigmas de crescimento e desacelerando programas e projetos que deram bons resultados numéricos, mas falharam ao não atingir o alvo principal da maturidade da vida cristã. Mas também não cremos que o menor número tem mais qualidade. O crescimento numérico não proporciona por si mesmo, a condição qualitativa da Igreja ser realmente IGREJA DE CRISTO.
Estamos prestes a começar a terceira década do século XXI e, para a glória de Deus, estamos vendo o ressurgimento da simplicidade do Evangelho, a volta aos princípios de discipulado, serviço e multiplicação, baseados não em programas, mas na prática diária da vida cristã. A igreja saudável (e o cristão saudável), não é a que cresce desordenadamente, mas aquela que a cada ano se torna mais sólida em Cristo, no viver diário. Essa palavra chama-se maturidade. São igrejas e vidas que impactam outras vidas, que são intencionais na capacitação de membros do corpo de Cristo, levam a uma apropriação adequada do poder do Espírito Santo, destruindo os ídolos da tradição e da preferência pessoal, provocando uma unidade entre a graça que salva e o ministério que realiza sinais prodígios e maravilhas.